Caraca!! A aula hoje à tarde foi SHOW!! Tá cada dia melhor!! Hoje nós adentramos efetivamente na interpretação de sonhos. Como na semana passada tive um bem arquetípico, no qual estavam presentes algumas figuras psíquicas (ânima, sombra, self), o levei para a aula. E ele serviu como exemplo para a identificação das mesmas num sonho.
Antes de percebermos cada um desses elementos psíquicos, o Italo e a Junia abordaram a questão dos Arquétipos. O que são?
Arquétipo vem do grego Archè, que significa Origem, início das coisas. É a reprodução original das coisas. São as experiências originais. É a herança dos comportamentos mais antigos da humanidade. Estes estão sob a forma dos arquétipos.
Voltamos ao mito de Édipo. Preciso estudar com mais carinho essa estória. Édipo furou os olhos quando ele percebeu que se casara com a mãe (Jocasta). Ele não queria mais ser guiado pelos valores culturais. Ele fura os olhos para enxergar uma outra realidade. Sua libido deixa de investir mais no ego, o qual encontrava-se numa sinuca de bico ao fazer vários esforços e estes não adiantarem para mudar a condição de ruína de seu reino, e investe agora no inconsciente. Busca ser guiado pelo Self.
O Italo mostrou a importância de termos um ego estruturado. Porque o Self necessita do ego para se manifestar na vida. O Self (Si-Mesmo) é o arquétipo organizador da estrutura psíquica. E o Self se limita à espera do ego, tal como Deus aguarda o livre-arbítrio do homem para se manifestar de modo consciente na vida do próprio.
O ego, então, é muito importante no processo de individuação (= processo de autoconhecimento e autorrealização), porque ele vai receber o divino (o Self) e expressar os potenciais do inconsciente; vai viver de forma individual e peculiar os arquétipos.
Italo também falou do Inconsciente Pessoal (o qual se parece com a definição de Freud para o inconsciente e ainda possui uma outra condição). Ele é formado pelos complexos.
Já o Inconsciente Coletivo não pertence à nossa experiência, mas nascemos com ele como herança humana. É formado por Arquétipos.
Suponha o ego em cima de uma reta vertical e o inconsciente coletivo na parte de baixo da mesma. E o que pode atrapalhar essa ligação ego-inconsciente coletivo são os complexos. Estes tendem a se nutrir de muita energia e influenciam o ego, atrapalhando a sintonia deste com o inconsciente coletivo.
O bacana foi o que o Italo falou. Muitas vezes, os complexos perdem sua energia porque o ego, em vez de ficar preso tentando compreender as causas dos mesmos, simplesmente se concentra em estabelecer a relação com o inconsciente e em manifestar os potenciais do inconsciente. O grande segredo é dissolver os complexos, desvitalizá-los, ao buscarmos essa conexão consciente-inconsciente.
Mesmo porque, quando algum complexo cresce em energia e influencia o ego, atrapalhando a sintonia com o inconsciente, o complexo pode receber a energia de um arquétipo. Este acabar manifestando a polaridade negativa do que ele representa, por conta dessa atração com determinado complexo. Aí que pode ficar difícil a situação do ego.
Italo falou também que o Self é quem faz os sonhos. É o autor dos sonhos. Porém, nem sempre ele quer mandar uma mensagem. Muitas vezes, quer apenas reproduzir simbolicamente uma situação da vida real para que o ego tenha condições de perceber com consciência como está lidando com essas questões do dia-a-dia.
É importante, portanto, manter a sintonia EGO-SELF. E, para o ego desenvolver uma saudável e necessária autonomia, é importante ele se conscientizar. Ter consciência dos complexos e desvitalizá-los. Essa conscientização gera a vontade (energia) para se desprender do nível instintivo de expressão. Aí o Italo lembrou a questão da Esfinge. Ela pula no abismo quando Édipo decifra o seu enigma. É como se fosse um complexo dissolvido e que volta para o inconsciente; e não mais influencia o ego.
Então, é essencial trabalhar os potenciais do inconsciente para serem realizados pelo ego. Nesse processo, muitas vezes nem se trabalha diretamente com um complexo, uma vez que a energia desse se dissolve, porque esta é usada para o processo de realizar os arquétipos prioritários da vida de cada um de nós.
Eu ainda tinha uma visão dos Complexos que enxergava neles uma polaridade positiva. Mas o Italo nos brindou com uma bela analogia. Ver o complexo como um alienígena . E que vai crescendo dentro de uma pessoa, como um Alien – o oitavo passageiro. E vai cada vez atraindo mais situações que o nutrem, que o vitalizam, que o fazem crescer. Até o ponto em que ele pode realmente não somente influenciar o ego, mas também dominá-lo. Ou seja, ser quem reina na psique. E isso é muito perigoso.
O Italo, a Junia e meus outros colegas – junto comigo – voltamos aos detalhes do sonho que compartilhei com eles. E foi RIQUÍSSIMA essa troca. Eles me mostraram perspectivas que ampliaram ainda melhor a interpretação inicial que eu tinha feito ao mesmo.
Ao final da aula, o Italo iniciou o novo tópico: sobre as FUNÇÕES PSICOLÓGICAS. E me lembrei bastante da Astrologia e do Tarot:
Função Pensamento (Signos do Elemento Ar/Naipe de Espadas)
Função Sentimento (Signos do Elemento Água/Naipe de Copas)
Função Intuição (Signos do Elemento Fogo/Naipe de Paus)
Função Sensação (Signos do Elemento Terra/Naipe de Ouros)
Enfim, foi MUITO BACANA a aula de hoje. Dia 25 tem mais!! ;-))
Beijãozão nocês…
Yub