A influência da Terapia em minha vida: JUNG e ECKHART TOLLE

 

Eu costumo dizer que eu sou o primeiro cobaia de mim mesmo. Amo fazer experiências psíquicas comigo. Gosto de investigar os porões de minha alma.

Esse gosto por mergulhar no mistério de mim mesmo e da vida já me meteu em muitas enrascadas. Creio que a mais perigosa foi quando, com meus 23 anos, eu inventei de fazer os exercícios de um livro. Este versava sobre vidas passadas. E eu queria porque queria descobrir minhas experiências pretéritas. Era este livro:

Então, em minhas meditações diárias, eu segui à risca as técnicas para acessar minhas vidas passadas. Até que um dia eu acessei uma em que identifiquei o tipo de vínculo que tinha com uma pessoa da minha família. E foi uma recordação muito intensa, pois o relacionamento que tínhamos era muito doentio e repleto de sofrimento.

Ao lidar atualmente com essa pessoa, toda vez que eu a via eu não enxergava a pessoa de hoje, mas a de ontem, com o tipo de relação que tivemos. E isso quase me enlouqueceu, porque atrapalhou consideravelmente minha interação com ela. Foi horrível. Custei a compreender os aprendizados envolvidos na experiência do passado e o que podíamos fazer diferente no presente.

Depois dessa dor, dessa dolorosa recordação, eu fiz um pacto comigo mesmo. Se tiver de vir alguma lembrança, alguma memória do passado, virá naturalmente. Eu não me estuprarei mais psiquicamente. Deixa o que tem de vir à consciência, vir no seu devido tempo e ritmo.

Mas continuei mergulhando em mim mesmo. Claro que a Numerologia, a Astrologia e o Tarot foram – e são – ferramentas fantásticas de autoconhecimento. Mas nenhuma delas se equipara ao melhor instrumento que encontrei até hoje: OS SONHOS.

Eu já faço terapia desde 2008. Mas sentia falta de trabalhar os meus sonhos. Eu os anoto desde 1996. Estudava informalmente a Psicologia Analítica. Porém, no início deste ano, eu comecei a fazer TERAPIA JUNGUIANA.

Eu achava que valorizava os sonhos e que compreendia a importância deles em minha vida. Que nada… Neste ano que eu REALMENTE percebi o quanto os SONHOS são nossos MELHORES AMIGOS. Porque são SÁBIOS conselheiros. Ninguém nos conhece melhor do que nosso próprio inconsciente – a fonte que produz os sonhos.

Eu venho brincando com a Cris ao comentar o seguinte:

Terapia nada mais é que do que colocar meu ego no seu devido lugar. rsrs

Na mais recente sessão, nessa quarta-feira, dia 14/12/11, eu percebi que a análise dos sonhos neste ano me trouxe uma clareza impressionante sobre vários complexos (padrões de comportamentos herdados de meus pais e avós). E o quanto eles estavam me levando para experiências e escolhas nada construtivas.

Ficou muito claro para mim o quanto os sonhos e a análise junguiana me ajudaram a não sair muito de minha rota, de meu Caminho. Se não fosse a terapia, o que trabalhei lá e pude compreender de mim e de minha herança parental, eu teria feito muito merda. Eu teria tomado decisões que demoraria muuuuito tempo para serem devidamente resolvidas, ajustadas, harmonizadas, para eu retornar ao meu Caminho, à trilha que meu Self (Deus Interior/Cristo Interno) tem como potencial e direcionamento para meu ego.

Foi aí que eu comentei para mim mesmo:

Não são as situações que nos fazem mal e que nos matam. São os nossos padrões de comportamentos (complexos psíquicos) que nos levam a situaçõs que nos fazem mal e nos matam. A nossa inconsciência sobre o poder (energia) que damos (que perdemos) ao continuar alimentando esses complexos (hábitos comportamentais) que nos levam a eventos e circunstâncias que nos fazem mal/mau.

Cada dia mais noto a importância da consciência sobre os complexos, sobre esses hábitos e padrões que continuamos reproduzindo quase que mecanicamente. Ou por orgulho, por inconsciência, enfim, por vários mecanismos psicológicos.

Enfim, a terapia me coloca no eixo, me apresenta os ajustes que devem ser feitos em meu modo de pensar, sentir e agir para que a parceria ego-Self se efetive de modo prático e construtivo em cada dia de minha vida.

Vi a importância de um ego bem construído, firme, forte. Sem essa estrutura egóica, não seremos capazes de dar conta de manifestar o potencial inconsciente que habita nossa psique. Também vi a sutileza de se ter um ego forte e, ao mesmo tempo, de não deixá-lo dominar, de não deixar que ele queira comandar os ditames existenciais que nosso Self sinaliza para trilharmos.

Colocar o ego no seu devido lugar, para servir ao Self, é uma arte, é um processo diário e constante.

Nesse sentido, o livro O PODER DO AGORA, de Eckart Tolle, tem sido de muita utilidade. Pois a consciência do presente para não ser arrastado por zilhões de pensamentos que são fabricados constantemente e surgem em nossa mente tem se mostrado vital. Porque esses pensamentos acabam gerando emoções, sentimentos e reações comportamentais.

Mas se a gente simplesmente observa um pensamento, outro e vários, sem nos deixar enredar pelo que provocam em nós se nos identificarmos com o conteúdo deles, não há essa corrente de emoções, sentimentos e ações que se atrelam aos pensamentos quando nos apegamos a eles e nos identificamos com eles. Eles são reflexo e a expressão de nossos condicionamentos, de nossos padrões comportamentais, de nossos complexos.

Assim, o fato de não nos identificarmos com ele já é um trabalho terapêutico para tirarmos a energia dos hábitos, complexos e padrões comportamentais. É impressionante isso. Muitas vezes, você nem precisa compreender tanto de onde um padrão/complexo veio: pai, mãe, infância, avó, avô, irmão, etc. Só o fato de estar consciente e “não dar bola” para os pensamentos (apenas observando-os surgirem e desaparecem) já dissolve a energia que o complexo psicológico associado a esses pensamentos sugava de nós, roubava de nós.

Enfim, este ano de 2011 foi – e está sendo – bem bacana em termos de autoinvestigação, autopercepção e autossuperação.

O interessante é notar que algo não ocorre sozinho. Ele vem acompanhado de um pacote de situações que atuam, sincronisticamente, para gerar determinadas vivências e resultados.

Por isso, além da importância da terapia junguiana (tendo o Psicólogo que tenho) e da prática de O Poder do Agora, eu talvez não tivesse aproveitado tanto o conteúdo destas ferramentas se eu não tivesse a esposa (Cris) que tenho (e a filha – Sophia – que estamos gerando); se não tivéssemos iniciado a prática do Culto no Lar aqui em casa todo Domingo. Se eu não tivesse continuado meditando todo dia. Se eu não tivesse fazendo autohipnose quase toda noite antes de dormir. Se eu não tivesse feito minhas atividades físicas, com corridas na esteira, um tempo de hidroginástica e muitas caminhadas. E se eu não trabalhasse com o que tanto amo e com uma equipe tão amiga, sensível e competente como a do Personare…

Enfim, a vida é um todo (Sagitário) repleta de várias partes (Virgem) que se somam e se influenciam mutuamente para gerar Vida.

Beijãozão nocês…
Yub

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