Quando realmente senti que não precisava de tantos bens desejados, isso foi um grande passo. Porque me levou a desfrutar aquilo que é considerado pouco para nosso consumismo insaciável… Somos bombardeados por parentes, amigos, comerciais, TVs, etc… é algo MUITO forte. Por mais que sempre soubesse intelectualmente o quanto somos pilhados a consumir, consumir, comprar, comprar, ter, ter, mostrar, mostrar, eu nunca tinha sentido isso de foma tão clara…
Eu passei a reparar com um olhar mais profundo as intenções por trás dos comerciais, tais como os de carro. Vi que não se vende um carro simplesmente. Vende-se um status, uma imagem, um sentimento, uma conquista, uma aceitação social POR MEIO daquele carro, daquele bem.
Ou seja, não vende-se o PRODUTO EM SI. Vende-se o ´SIMBOLO que ele é: o que ele REPRESENTA.
Então, eu perguntava para mim mesmo:
– Preciso ter esse bem, essa conquista financeira, adquirir esse produto para ser desse jeito??
– Não, não preciso… Eu posso me sentir assim e agir de determinado jeito SEM TER DE TER nada… Porque eu reparei que muitos livros que já li foram para botar banca de intelectual. Ler Dostoiévski é chique, é cult. Assistir filmes de Ingmar Bergman é sinal de tenho bom gosto cinematográfico. Não que os livros de Dostoiévski não sejam espetaculares e os filmes de Bergman não sejam um esplendor… mas é o que nos move a lê-los e vê-los que faz a diferença…
Assim, o que pega não é a COISA EM SI (o produto, o livro, o bem, o filme, etc). O que pega é o que esse PRODUTO VEICULA em sua IMAGEM, em seu perfil. Ou seja, o SÍMBOLO que ele representa.
Tendo essa consciência, fica mais fácil vc perceber que não precisa de MUUUUUITA coisa.. não precisa de certos bens, consumos e apetrechos.
Ou seja, você aprende a lidar com o que tem HOJE. Desfruta, agradece e aproveita prazerosamente a sua condição financeira e os bens que tem HOJE. Você aprende a viver bem com pouco.
E isso, ironicamente, abre campo para a prosperidade… rsrs E o dinheiro que entra em volume maior, consequentemente, será administrado com maior sabedoria.
Aí entra um livro que foi bem bacana de ler: o li em Abril deste ano de 2013. Custei a achar aqui em BH. Chama-se A INCONSCIÊNCIA DA POBREZA. O primeiro capítulo e os últimos foram FENOMENAIS.
O conteúdo destes ressoou forte em mim. Sempre considerei que a GENEROSIDADE, o DOAR-SE (dinheiro, conhecimento, informações, compreensão, serenidade, compaixão), é uma força descomunal para abrir nosso coração para viver a vida intensamente. E o quanto essa força DOADORA abre portas, escancara caminhos…
Temos a tendência a esperar que o outro se abra, o outro demonstre sentimentos, o outro aja de forma amiga e compreensiva… esperamos isso vir primeiro do outro para só então agirmos assim… Esse é um pré-requisito POBRE. E o que nos move a agir assim é o MEDO de sofrer, de ser lesado, de ser prejudicado…
Quando percebemos que a vida é muito maior que essas atitudes “econômicas”, pobres… puxa.. tudo muda! A gente saca que a vida só tem graça se a gente se DOAR!! Doar de corpo e alma quem somos. Abre o chacra cardíaco de uma forma tal… em outras palavras, sentimos o coração mais leve, nos tornamos mais amorosos. E viver cada dia nesse espírito, puxa, não tem preço… 😉
Beijãozão nocês…
Yub