Saquei!! Saquei!!! Putz… é isso! Caramba… Bom, vamos lá! hehehe
Há alguns anos, mais especificamente desde 2008, quando tive um crise de ansiedade, eu venho mergulhando com mais profundidade em mim para compreender melhor o porquê desse estado ansioso, o qual é tão desgastante…
Na verdade, foi o ataque de ansiedade que me levou até a decisão de fazer terapia… Até então, eu fazia parte daquele orgulhoso clube que se declara – quer silenciosamente (apenas para si) ou publicamente – assim: “eu não preciso de terapia.”
Desde então, eu venho pedindo ajuda: à psicologia e à homeopatia. Também, claro, à espiritualidade, uma vez que a prática de meditar (que considero um momento de consciente reconexão com o espírito) também vem me auxiliando nesse processo. E às atividades físicas. Malhar (fiz pilates seis meses no ano passado) e andar-correr na esteira, como ainda continuo disciplinadamente.
Eu sou da linha de que a integração corpo-mente-espírito é fundamental para a minha sanidade. Na verdade, saúde pra mim é esse estado integrativo. E que precisa ser cultivado diariamente…
Hoje, quando vislumbrei essa íntima ligação entre ansiedade e angústia, angústia e ansiedade, puxa, isso gerou uma libertação interior. Posso creditar MUITO dessa compreensão à terapia junguiana à qual me submeto desde o início do ano.
No início, nas primeiras três sessões, eu estava quase desistindo e voltando para a minha antiga terapeuta. Mas percebi que eu precisava dar o voto de confiança ao estilo do meu atual psicólogo, tanto por ser uma linha diferente da minha anterior psicóloga quanto pelo jeito de ser mesmo, de conduzir as sessões.
Como eu já queria uma troca profunda e enriquecedora com resultados internos e externos condizentes se a gente está trabalhando com sonhos? Eu precisava compartilhar uma série de sonhos e também meus feedbacks a respeito de minha história de vida e meu atual momento existencial para que ele pudesse se situar. Quando essa base estivesse formada, aí sim, o intercâmbio psíquico teria tudo para se tornar bem bacana. Como se tornou. E melhora a cada vez.
Impressionante como a cada sessão novas camadas de meu ser, de meus padrões familiares e comportamentais, vão se desvelando e me revelando mais. É um processo vitalizante de autodescoberta. A cada percepção, um novo horizonte de efeitos futuros se apresenta… Novas possibilidades de escolhas e de resultados são vislumbradas pela consciência do presente e do passado.
Na verdade, basta compreender o presente. Nele, o passado está escancarado… foi este que o formou…
Foi essa mesma sensação de libertação e de novas possibilidades daqui em diante que tive ao sacar que (pelo menos pra mim) a angústia é a causa da ansiedade. Se eu souber lidar com a angústia, a ansiedade diminui consideravelmente e pode até mesmo nem surgir.
E a angústia nada mais é (pelo menos pra mim, claro) do que a capacidade de suportar em si os conflitos. Foi aí que entendi o que Jung tanto falava, ou melhor, escrevia. Aguentar a tensão dos opostos, sem querer encontrar uma solução rapidamente, é essencial. Mas é difícil pra caramba a gente ter consciência de um problema, de um conflito (interno-externo), e tentar não correr pra encontrar uma solução, uma decisão e uma resolução desse estado angustiante que ele representa…
Porém, quando a gente aguenta essa pressão e, principalmente, com CONSCIÊNCIA desse conflito, puxa, adquirimos muito mais força diante dos desafios da vida. Desenvolvemos maturidade. Não damos vazão impulsiva a ações imprudentes que visam ficar livre de tal problema, conflito, angústia. É isso mesmo! No fundo, a gente não quer resolver um conflito, uma tensão; a gente quer é ficar livre do estado angustiante que ele representa e que fica corroendo nossas tripas.
Na maioria das vezes, é assim. É instintivo, habitual, querermos ficar logo livres da angústia. Aí entra a ANSIEDADE. A pressa em acabar de vez com a angústia de um conflito, da tensão dos opostos, nos leva a ficar ansiosos.
Por isso considero (na atual fase de minha vida) que a angústia gera a ansiedade se não tivermos consciência da mesma e dos opostos-conflitos que a permeiam….
Beijãozão nocês….
Yub