Até que ponto a Astrologia aprisiona ou nos auxilia?

Ontem surgiu uma discussão bem bacana na lista solstix do yahoogrupos. A partir do que escrevi sobre a minha ideia de que a Sandy poderia ter evitado a polêmica de sua entrevista à Playboy caso tivesse consultado um astrólogo sobre seus trânsitos astrológicos, várias maneiras de se encarar o saber astrológico foram compartilhadas.
Eu disse que não somente conhecer, mas aplicar na prática o conhecimento astrológico de forma lúcida, consciente e saudável pode nos livrar de MUUUUITOS transtornos. Repito: muitos; não todos. E agora compartilho exemplos práticos que ocorreram comigo. Em seguida, farei algumas reflexões.
EXEMPLO 1:
Logo no início de meu namoro com a Cris, iríamos passar uns quinze dias lá no sítio. A televisão de lá era antiga e não tinha entrada para DVD. Como tínhamos locado o box de três temporadadas de 24 Horas, queríamos assistir nesse tempo de descanso. Então, tivemos a ideia de comprar uma televisão pequenina. 
Porém, Mercúrio estava em movimento retrógrado. O risco de comprar um equipamento com defeito ou que dará constantes defeitos num futuro breve é maior quando se adquire tal aparelho numa época de Mercúrio retrógrado. 
Isso me fez NÃO COMPRAR a TV?? 
Claro que não!
Passamos no Extra ali do Minas Shopping e compramos nossa televisãozinha. Fomos todos satisfeitos para o sítio. E desfrutamos das aventuras de Jack Bauer sem problema algum. A TV não deu defeito. 
Mas sabe o que aconteceu com a TV depois? Raramente a ligo. Posso dizer que uma duas vezes por ANO. Porque a gente já tem a nossa TV maior. Não precisamos de outra TV. Quando vamos para o sítio, levamos o nosso notbook para assistir filmes, DVDs e séries. 
Ou seja, raramente uso essa TV que compramos quando Mercúrio estava retrógrado. Ela vive desligada, como se estivesse com defeito, estragada. Pois não é usada. 
Outro exemplo: fui ao RJ na Bienal de 2009, para o lançamento do meu livro BECO DO CRIME – em conjunto com outros contistas. E Mercúrio estava em movimento retrógrado. 
Eu deixaria de viajar pra lá e curtir essa festividade e também os momentos prazerosos com a galera do Personare (que sempre encontro quando vou ao Rio)?? 
Lógico que NÃO! Viajamos! Eu, Cris e meus pais. 
Como em épocas de Mercúrio Retrógrado as chances de o voo dar problema, o trânsito emperrar, enfim, acontecer algo com o avião ou outro meio de transporte/comunicação são maiores, eu deixei de viajar? NÃO. Eu apenas fiquei atento. 
O que fizemos? O que aconteceu?
Na volta, decidimos sair mais cedo de São Conrado para o voo da manhã de volta a BH. Estava marcado para o Galeão. Chegando lá, fomos logo fazer o check-in. E sabe o que rolou?
Por motivo de obras na pista, nosso voo fora transferido para o aeroporto Santos Dumont. Tivemos de pegar um taxi e baixar pra lá. Como saímos mais cedo do que costumamos (uma prevenção que adotamos por causa de Mercúrio Retrógrado), deu tempo de pegar o voo tranquilamente. 
Então, o fato de saber astrologia me permite evitar VÁRIOS TRANSTORNOS. E o fato de evitá-los não quer dizer que eu fique aprisionado. Entre viver a vida e não vivê-la por causa de algum trânsito desafiante, eu escolho viver a vida. Se tiver de rolar transtornos, como é natural na vida, que role. Mas quando é possível evitá-los ao usar o conhecimento astrológico, por que não usá-los??
Medo de ficar aprisionado pelas paranoias astrológicas que realmente pegam muitos astrólogos e astrólogas? Porque tem tarólogo e astrólogo que não sai de casa se tira A Torre ou A Morte como Arcano do Dia ou estão sob um trânsito astrológico bem desafiante. Isso existe sim. 
A saída é ter uma relação saudável com o conhecimento astrológico. Pô, se um médico sabe que se entupir de carne gordurosa todo dia vai danificar seu corpo e os riscos de infarto aumentarão, ele pode usar esse conhecimento médico para evitar esse transtorno corporal, certo? Mas nem por isso ele deixará de comer uma picanha bem suculenta quando assim tiver vontade. 
Então, a Astrologia pode tanto aprisionar quanto nos auxiliar. Depende da postura do astrólogo e da astróloga ao aplicar esse conhecimento astrológico. 
Óbvio que essa minha maneira de encarar e lidar com a Astrologia não é a verdade absoluta. É apenas a que considero mais apropriada para a MINHA vida e a minha prática astrológica. Se neguinho quiser usar a astrologia para compreender o passado, beleza. Se muitas vezes evita olhar seus trânsitos por medo de perder a liberdade ou por receio de desenvolver a neurose astral, beleza também. Enfim, cada um usa a Astrologia como quiser, como considera melhor. 
Eu costumo dizer que a maneira como lidamos com a Astrologia reflete a maneira como vivemos a vida. Tudo reflete nós mesmos. 
Beijãozão nocês…
Yub     

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