![]() Na parceria consciente-inconsciente, uma decisão tomada de forma consciente parece estimular o inconsciente a mostrar (geralmente via sonho) o que precisamos trabalhar em nós.
A partir dessa decisão, parece que nos predispomos ativamente a receber do inconsciente o material simbólico sobre o que estamos prontos para conscientizar e integrar. E sobre o qual temos condições de nos dedicar na atual fase de nossa vida.
Caso resistamos, no dia-a-dia, a encarar e trabalhar esses conteúdos, pode ser que nossos sonhos fiquem mais dramáticos e se transformem em pesadelos.
Isso foi o que consegui exergar com mais clareza ontem, ao assistir o filme EQUUS.
E refletindo sobre essa reflexão rsrs, percebi uma tendência minha: eu costumo atribuir a uma causa INTERNA (desejo, pensamento, angústia, sentimento) o fator desencadeador de um evento sincronístico que gerará a conexão entre uma situação externa e uma realidade interna.
Minha tendência a valorizar mais acentuadamente as questões internas me predispõem a atribuir um peso maior às necessidades internas como causadoras de sincronias ao atrairem eventos externos compatíveis e formadores de conexão interna-externa.
Porém, ao ver o filme EQUUS, as primeiras frases que escrevi acima (neste texto) me mostraram que um evento EXTERNO pode ser o causador de uma sincronicidade. Um pedido de alguém (como o feito pela amiga do psiquiatra do filme, para este atender um paciente) pode ser o deflagrador de certas necessidades INTERNAS e, com isso, atrair eventos EXTERNOS que conectem essas realidades e tragam à CONSCIÊNCIA as questões a serem trabalhadas nesta fase de nossa vida.
Quando o psiquiatra decide atender o rapaz, parece que desbloqueia uma barreira INTERNA que impedia a vinda à CONSCIÊNCIA de um conteúdo a ser aceito, trabalhado e integrado na estrutura psíquica do médico. Tanto é que, APÓS 3 DIAS de tratamento do menino Alan, ele tem um SONHO que mostra, cada vez mais claramente no decorrer do filme, uma insatisfação que ele vinha evitando encarar há tempos.
A decisão de aceitar tratar o Alan e o início do tratamento mexem com o psiquiatra o suficiente para ruir com as barreiras que vinha mantendo para impedir que se conscientizasse de suas frustrações e insatisfações, as quais se manifestavam por meio de SINTOMAS, tais como os SEIS anos de distanciamento com sua mulher (não dava sequer um simples beijo nela).
Ou seja, o inconsciente se faz presente CONSTANTEMENTE, principalmente por meio dos SINTOMAS.
No decorrer do filme, o psiquiatra percebe (se CONSCIENTIZA) essas questões que adiara há tanto tempo. Mas com a decisão consciente de se enveredar por uma experiência (de tratar Alan), ele abriu o canal para uma SINCRONICIDADE ocorrer: o SONHO que teve no terceiro dia de atendimento a Alan.
Porque o SONHO é uma SINCRONICIDADE. Conecta uma necessidade interna com uma realidade externa. O evento SONHAR conecta a realidade interior (insatisfação profissional do psiquiatra) com a realidade exterior (suas atitudes de frustração no trabalho, no atendimento aos seus pacientes; e no seu relacionamento, com o distanciamento entre ele e sua mulher).
E o SONHO mostra o que envolvia essas insatisfações, frustrações e necessidades de superação por parte do psiquiatra. Mostrou conteúdos que estavam reprimidos e que, com sua decisão de aceitar o caso de Alan, vieram à tona.
Aí eu (ou você) poderia me questionar: Será que não foi uma necessidade do próprio INCONSCIENTE que, percebendo o preparo da CONSCIÊNCIA, não o influenciou a tomar a decisão consciente de aceitar o caso de Alan?
Talvez não haja um causador, mas sim, até nisso, ser a parceria CONSCIENTE-INCONSCIENTE quem “causa” os eventos sincronísticos. É o que mais acredito atualmente, uma vez que é a nossa mente dualista que vê as coisas separadas, que vê ora uma ora outra realidade (interna/externa) ser a causadora dos eventos, das sincronicidades.
Beijãozão nocês…
Yub
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