Quando a Cris leu esse livro, ela fazia alguns comentários comigo. E as prosas que a gente tinha a respeito eram muito boas. Eu falei pra mim mesmo:
– Ainda vou lê-lo.
Porém, nem lembrei mais dele. Então, por conta da mudança residencial (por isso não escrevi mais nos blogs na segunda quinzena de Maio de 2013), eu fui guardar e organizar os livros lá na estante. E me deparei com este.
Peguei ele, li o que estava escrito atrás e resolvi abrir ao acaso em alguma parte do livro. Leria essa parte e experimentaria ver se valerá a pena ler o livro completo ou não.
Abri nesta página:
Ou seja, na parte que fala do monstro sangrento que mora dentro da gente. Aí li a página seguinte:
Quando eu li essa página, a 49, eu fiquei abismado!! Por quê? Antes da resposta, vou transcrever aqui os trechos que me assombraram mais:
“Por exemplo: Você poderia pensar: ‘Estou agora sentindo MUITA RAIVA.’ Só isso. Fique com a raiva que está sentindo, respire-a, aceite-a, e você verá que aos poucos ela vai começar a se transformar, a se curar.”
(…)
“Lembre-se sempre: ‘Quanto mais você luta, agressivamente, contra um sentimento, mais forte ele fica.’ Nos contos de fada sempre é a donzela que amansa a fera. Da mesma forma, somente a delicadeza, a inocência e a suavidade que existem em nós poderão acalmar o Eu Inferior. Precisamos convencê-lo a aliar-se a nós.”
Ao ler tudo isso, eu falei:
– Putz, isso é a cara dA Força no Tarot.
A própria imagem desse Arcano já diz isso: Veja a donzela amansando a fera:
Note a serenidade (suavidade) da mulher (donzela) segurando (dominando) o leão (a fera, o monstro sangrento, a raiva).
Ela aceita o leão em sua natureza, entra em contato direto com a fera.
Não sei se você já reparou. Mas nos dias em que se tira o Arcano A força como o Arcano do Dia, putamerda, a gente tem vontade de voar na jugular dos outros. A raiva que tendemos a sentir é muito forte. Nossa impaciência e agressividade estão a mil. Nossos instintos berram para ser expressados instintivamente.
Daí entra a necessidade de prestar atenção nesses sentimentos violentos, agressivos, birrentos. Conscientizar e, com isso, dominar essa fera, essa brutalidade que poderia sair instintiva e violentamente (vencer o risco da fera enjaulada que consegue sair da sua prisão e devorar os que estão à volta).
E uma das belas imagens que o cinema nos proporciona para descrever essa dinâmica está no filme A Bela e A Fera (qualquer um, o original e as mil refilmagens que existem por aí).
Beijãozão nocês…
Yub