No último final de semana, eu fiquei com o carro de meu pai. Fomos à casa dele, almoçamos e pegamos o veículo. Porém, tínhamos esquecido o controle remoto da garagem.
Como meu prédio é composto por quatro blocos, mora gente bagarai aqui. E a garagem parece um estacionamento. Então, de vez em quando, alguém esquece de fechar o portão eletrônico e deixa a garagem aberta.
Na volta pra casa, eu falei para minha esposa:
– Quando chegarmos em casa, a garagem estará aberta.
Ao pronunciar essa frase, eu senti uma emoção muito forte. Foi algo natural expressar essa “ordem ao universo” – e ter fé de que assim seria.
Ao chegar de frente para a garagem, sorri, ela estava aberta. E eu empolgado com a leitura de Alegria e Triunfo!
Como a chuva estava prestes a cair, deixei minha filha e esposa em casa e saí novamente com o carro. Fui à padaria pegar pão e algumas guloseimas. Na volta, pensei:
– A garagem estará aberta!
Ao retornar, sabe o que aconteceu?
A garagem estava fechada. Apertei o botão do controle remoto. E uma moto de um morador entrava na minha frente. Porém, ele abriu o portão até a metade e o fechou, sem me ver chegando logo atrás. Eu tive de abri-lo novamente. Foi aí que percebi que não fui eu que abri o portão desta vez, foi ele. Eu apenas apontei o controle na direção da garagem. O motoqueiro foi mais rápido que eu. Tanto que tive de apertar o botão duas vezes para funcionar e a garagem voltar a se abrir…
Detectei a diferença entre a emoção que emanou de mim quando pronunciei a primeira frase em relação à pouca força e muita descrença na segunda. Foi bem mecânico o modo como pensei essa frase dita pela segunda vez.
Além disso, vi também um detalhe crucial. Não sou eu quem abro o portão. Não é meu poder de dizer que algo ocorrerá, que esse algo de fato se realizará. A moto abrindo antes o portão da garagem, me mostrando que não fui que abriu, mostrou que não tenho esse CONTROLE… rsrs
É simplesmente uma conjunção de fatores (que geram sincronicidades) que faz com que um desejo meu possa ser realizado… Esse desejo faz parte de uma ordem, é parte de um todo, de uma conjuntura de eventos, que levam à sua concretização.
E é aí que eu me questiono uma coisa há anos:
– O que eu desejei e foi realizado, no fundo, foi apenas um pressentimento de que algo se realizaria ou foi realmente a força de meu desejo para este ser materializado?
Hoje eu percebo que é um PRESSENTIMENTO. Por quê?
Porque quando temos uma emoção forte ao proclamar um desejo para este ser realizado, estamos nos conectando com um potencial forte de possibilidade dele ser concretizado. Quando emanei que o portão da garagem estaria aberto, eu senti essa emoção forte porque eu pressenti que essa possibilidade de estar aberto seria grande. Era possível de ocorrer.
Na 2a vez, quando eu não senti uma emoção forte para o portão da garagem estar aberto, é porque esse caminho estava fechado, esse potencial não existia.
Então, você pode me perguntar:
– Quando não temos uma emoção forte de que algo ocorrerá, é por que esse desejo não é o adequado para nós neste momento de nossa vida? É por que queremos uma coisa que não é para ser?
Eu digo que sim. Agora, se não é para ser apenas neste momento ou por toda a vida nunca será, eu não posso afirmar. Só posso te incentivar a continuar desejando, até ver se sente algo forte, uma emoção impactante com tal desejo. Quando sentir, é porque é chegado o momento de você obter esse desejo… o potencial existe, os caminhos estão abertos…
Beijãozão nocês…
Yub