A espada é uma arma. Ela pode ferir, matar – o outro ou a si mesmo. É um instrumento de poder. Uma ferramenta que prolonga a nossa ação.
Do mesmo modo, a palavra e a vontade. A palavra pode ferir, machucar, agredir. E pode nos defender. Também é levada para longe, alcança um espaço maior ao usarmos o verbo.
Em nenhum outro naipe do Tarot, o perigo é maior. O perigo de usar nossa vontade e as armas de nosso eu contra tudo e todos, a começar por nós mesmos. É o naipe que melhor mostra o quanto nosso ego pode estar no comando. E desejar o que ele quer, custe o que custar.
Daí o fato de tantos livros taxarem o naipe de espadas como o mais nefasto de todos. Há interpretações que chegam a ser exclusivamente negativas quando se depara com um dos Arcanos Menores de Espadas. Parece que não há um atributo positivo sequer em qualquer carta desse naipe.
Será? Por quê?
Porque quando esse naipe dá o ar de sua graça, isso revela que estamos tão envolvidos numa situação que queremos porque queremos que tudo seja feito de acordo com nossa vontade. Nossa egóica vontade. A propensão a agirmos na defensiva – com agressividade – para controlar tudo e todos é imensa.
Queremos interferir no destino. Não temos a entrega e a disponibilidade de que as coisas fluam. Não confiamos na vida. Nosso ego considera-se o único capaz de agir e interceder nas situações para ter o que almeja. Qualquer outra alternativa diferente dessa é uma ofensa, um risco, um medo. O medo de perder o controle. Justo o controle que não temos, mas nos iludimos pelo contrário. Achamos que temos totais condições de direcionar os eventos para os fins tão ambicionados. Puro ego.
Então, quando Espadas surge, é sinal de alerta para verificarmos o quanto estamos aprisionados na defesa egóica de atacar para movimentar as coisas do nosso jeito e na velocidade que consideramos a melhor. É a pura agressividade. E não a assertividade.
Mas apenas o guerreiro – o verdadeiro guerreiro – consegue ser assertivo. E um dos melhores livros que fala sobre essa força positiva do naipe de espadas que já li é este:
Eis o livro que antecedeu ao best seller de Dan Millmann: O Caminho do Guerreiro Pacífico
Beijãozão nocês…
Yub