
Trecho retirado do livro O Homem e seus Símbolos
(Carl Gustav Jung):
“Entre as muitas intuições matemáticas
primordiais, ou idéias a priori, as mais
interessantes do ponto de vista psicológico
parecem ser os’números naturais.’ Não servem
apenas às nossas operações cotidianas para contar
e medir, mas foram, durante séculos, a única
maneira existente de ‘ler’ o significado das
antigas formas de adivinhação como a astrologia,
a numerologia, a geomancia etc. todas elas
baseadas em cálculos aritméticos e todas
investigadas por Jung em termos de sua teoria da
sincronicidade
“Além disso os números naturais examinados
de um ângulo psicológico devem ser certamente
representações arquetípicas, pois somos forçados
a pensar a seu respeito de maneira definida.
(…) Em outras palavras, números não são
conceitos conscientes inventados pelo homem com o
propósito de calcular: são produtos espontâneos e
autônomos do inconsciente, como o são outros
símbolos arquetípicos.
“Mas os números naturais são também qualidades
pertencentes aos objetos exteriores: podemos
assegurar e contar que aqui existem duas pedras
ou três árvores acolá. Mesmo se despojarmos os
objetos de outras qualidades como cor,
temperatura, tamanho etc., ainda resta a sua
‘quantidade’ ou multiplicidade especial.
“No entanto, estes mesmos números também fazem
parte indiscutível da nossa própria organização
mental conceitos abstratos que podemos estudar
sem nos referimos a objetos exteriores.
“Os números parecem ser, portanto, uma conexão
tangível entre as esferas da matéria e as da
psique. De acordo com certas sugestões feitas por
Jung, havemos de encontrar neles um campo
promissor para pesquisas futuras.” Dra. von Franz
Como a Dra. von Franz escreveu, “os números
parecem ser, portanto, uma conexão tangível entre
as esferas da matéria e as da psique.”
Os Números possuem sua qualidade metafísica e
também psíquica, representam, ao mesmo tempo,
Princípios Universais e Qualidades
Humanas/Existenciais. Podemos ver isso no
primeiro versículo da Tábua de esmeralda de
Hermes Trismegisto: “O que está no alto é como o
que está em baixo, e o que está em baixo é como o
que está no alto para realizar o milagre da
Unidade.”
O Princípio metafísico do número 1 corresponde ao
Impulso Criador Original e, na Numerologia
Pitagórica, esse número representa qualidades de
liderança, independência e impulso dinâmico para
apresentar novas realidades, novos caminhos,
novas trilhas, novas descobertas que abrem campo
para a expansão e evolução do ser humano.
Conseqüentemente, aqueles que possuem o número 1
em seu Mapa são desafiados por si mesmos a buscar
realizar uma tarefa original e corajosa,
desbravando certas áreas do existir a fim de
trazer descobertas valiosas e novas percepções,
posturas, comportamentos, idéias e projetos para
quem vem atrás, junto, aproveitando o que foi
descoberto e irrompido pelo impulso criador de
quem tem em sua simbologia numerológica o Número
1.
Obviamente que, quando passamos por um Ciclo
simbolizado pelo Número 1 seja um Ano Pessoal,
um Trimestre, um Período, um Trânsito mais longo
, isso mostra que nosso próprio espírito irá nos
impelir, impelir a nossa personalidade, a ir em
busca de algo novo, de uma renovação bem marcante
em nossa vida, demandando uma coragem, um
dinamismo bem maior do que em outras fases, de
modo que, assim, nós possamos nos impulsionar a
alcançar novos campos e novas realidades de nós
mesmos e da vida exterior em nosso processo
existencial.
Será, então, que quando sonhamos ou nos é
apresentado em nossa projeção a simbologia do 1,
nosso inconsciente/amparadores/guias estão nos
mostrando que estamos aptos a integrar
psiquicamente esse conteúdo dinâmico,
impulsionador, cheio de coragem, enfrentando o
medo do novo e a nossa insegurança interior,
vencendo as confrontações com as figuras de
autoridade que podem estar tentando reprimir
nossa individualidade de se expandir e de
alcançar novas conquistas internas e externas?
Creio que sim. Pelo menos observo essa situação em minha vida.
Beijãozão nocês…
Yub