Está vendo o moço aí da figura? Reparou que ele se encontra na pontinha de um precipício? E nem olha pra baixo? Será confiança demais que não cairá? Ou não tem a mínima noção do perigo de flertar com a queda?
Nestes dias, dois eventos me fizeram lembrar do Louco. Um deles foi esta imagem que vi no facebook e compartilhei na minha página:
O cara está também no precipício! Na beiradinha da queda… Ele tem noção do perigo? Ou confia demais em sua capacidade de que não cairá, o que o faz pagar o preço do risco?
O outro evento foi ver minha filha na beirada da cama… Para o tamanho e idade dela, ainda mais numa cama alta, ele estava ali, representando O Louco na beira do abismo. No caso dela, não tem noção nenhuma do perigo.
Não é à toa que muitos livros de tarot associam O Louco à criança – ou ao adolescente que se acha e corre riscos (como nos pegas de carro), considerando que nada lhe ocorrerá (nenhum acidente).
Quando, então, saber se O Louco – no nosso jogo de Tarot – está simbolizando o risco da inocência ou a ousadia daqueles que flertam com o perigo da queda?
Creio que o melhor que podemos fazer, enquanto Tarólogos, é trazer à consciência do consulente que a vida está pedindo sim um gesto de ousadia. E a própria existência poderá apresentar situações surpreendentes, inusitadas, com uma carga de risco.
Valerá a pena alertarmos o consulente para ver se ele não está correndo riscos desnecessários, não quer radicalizar numa decisão surpreendente graças à inocência, à imaturidade, a uma rebeldia juvenil.
Quando estamos cientes do risco, ousamos com consciência. E não nos deixamos ser levados pela inocência infantil.
Beijãozão nocês…
Yub