Eu e a Cris estamos fazendo um curso online de hipnose ministrado pela psiquiatra e hipnoterapeuta Sofia Bauer.
Ela contou que aos treze anos sofreu um acidente de carro. Nele, foi lançada para fora do veículo. E rompeu o vidro dianteiro. Caiu toda cortada, cheia de cacos de vidro pelo corpo e com o braço quebrado. Quando foi arremessada, ela contorceu todo o seu corpo. Buscou proteger sua cabeça e seu rosto.
Essa mesma postura defensiva foi observada por ela em momentos futuros de crise em sua vida. Sempre quando algum problema surgia em sua vida, ela instintivamente dava uma contorcida no corpo, adotando essa postura corporal de defesa, tal como fez no dia do acidente.
Ela percebeu esse detalhe quando foi a um médico especializado. O objetivo era curar sua coluna. Ele, na consulta, lhe perguntou se algum evento traumático havia ocorrido em alguma época da sua vida. E nele, ela fazia tal movimento com o corpo que sobrecarregava a coluna naquele lugar citado pelo médico. Ele chegou até a fazer o movimento que poderia estar se repetindo por ela e danificando a coluna.
Ela lhe contou sobre o acidente… Ele, então, fez uma hipnose com ela. Daí em diante, quando ela se via em uma situação bem desafiante, logo percebia que seu corpo instintivamente já buscava adotar aquela mesma postura. E por ter consciência dessa tendência, ela já conseguia não mais se posicionar defensivamente daquele jeito.
Por que contei essa historinha?
Porque cada dia que passa percebo o quanto as crenças são a matéria prima que cria a nossa realidade.
Não importa se são crenças espiritualistas, evangélicas, católicas, etc.
Não tem nenhuma relevância o fato de serem crenças consideradas “positivas”, “negativas”, etc. Se são crenças baseadas no medo, na limitação, na carência, ou na prosperidade, na alegria e na generosidade.
Seja o que for que você acredita, essa é a SUA verdade. E é isso que ocorrerá em sua vida.
Sua vida nada mais é do que a realização das suas crenças.
O mais importante não é se prender ao termo crenças como se estas fossem associadas a uma religião. Não.
Crenças são simplesmente o conjunto de paradigmas através do qual “lemos” o mundo, a vida. Aquele conjunto de princípios que acreditamos que a vida é. E assim é… mesmo!
O detalhe é que as crenças são tão arraigadas em nós que já se tornaram, inclusive, entranhadas em nosso corpo. E o processo de “desenraizar” crenças que não criam uma realidade diferente da que vivemos (um dia a dia diferente do que estamos acostumados) demanda rituais e mais rituais diários para nosso corpo introjetar uma outra mentalidade, um novo código de conduta. E uma nova postura existencial.
Para isso, além de fazermos um trabalho interno e alquímico de alterar – ou mesmo apagar – certos “programas” (crenças/paradigmas), precisaremos de TEMPO (leia-se PACIÊNCIA) para prestarmos atenção quando estivermos prestes a repetir uma mesma REAÇÃO, uma mesma ATITUDE diante de uma determinada situação que é bem desafiante. E fazer diferente… até que isso seja um novo hábito. Essa diferente postura…
Nesta semana, assisti esta entrevista com Anthony Robbins a respeito dessas questões que abordei aqui. Vale a pena assistir! Quer ver? Eis:
Beijãozão nocês…
Yub