O que fazia na infância lhe apresenta sua vocação.

Há alguns anos atrás, eu me fascinei por uma percepção que tive. Eu vislumbrei a possibilidade de identificar nos hábitos, hobbies e comportamentos mais enfáticos da infância e adolescência os sinais de quais seriam nossas vocações e até mesmo nossa profissão.
Então, no sábado passado, dia 29/1/11, eu me lembrei desse olhar investigativo que costuma me direcionar. Ver quais foram as atividades mais prazerosas e marcantes da infância e adolescência para conectar com o futuro, mais especificamente com a profissão que escolhemos.
Porque isso me ocorreu novamente no sábado? Porque fui até a casa de meus pais para receber o camarada que iria consertar o toldo (daqueles de “telha” que abrem e fecham). Como meu pai e minha mãe estavam viajando, eles me pediram para assumir essa tarefa. Ainda mais que as previsões eram de chuva para o final de semana. E daria um trabalhão danado em determinadas áreas da casa deles se chofesse, por conta do toldo que ficou aberto ao estragar. 
Sendo assim, lá fui eu. A Mel (minha cadelinha) foi comigo. Chegamos lá por volta das 9h. O camarada, chamado Marcos, um senhor de uns 50 anos, veio acompanhado de seu filho Igor. 
Eu os levei até o escritório. Ali o Marcos iria se arriscar numa altura de uns 10 metros, para trocar uma peça – a que o gancho encaixa para girar o toldo e deixá-lo aberto ou fechado. 
Quando vi o camarada se arriscando pela janela do escritório e com uma habilidade incrível de se equilibrar naquela altura, sem usar escada ou andaime, eu fiquei impressionado. 
Então, subitamente, eu tive vontade de lhe fazer a seguinte pergunta (eu e minhas incessantes perguntas rsrs):
Por um acaso, Marcos, quando você era pequeno, você se envolvia em situações perigosas, arriscadas e marcadas pela altura?
Ele olhou pra mim, com uma feição questionadora, tipo “por que esse moço tá me fazendo uma pergunta dessas?” Mas, na verdade, ele tava era pensando na resposta. E uma lembrança lhe veio à mente. Ele me disse:
– Você sabe que, na verdade, tinha sim? Eu brincava de pegador. Só que não era esse pegador que todo mundo brinca. Era EM CIMA DE ÁRVORES!! Eu e meus amigos brincávamos de pegador pulando de galho em galho, de árvore em árvore. 
Sorri pra ele. E fiquei matutando naquela velha percepção de outrora… A do quanto a nossa infância e adolescência nos dão pistas daquilo que gostamos, que nos divertimos, que somos bons, que temos talentos – e que, muito provavelmente, buscarão ser vividos em nosso trabalho, em nossa profissão. 
Vejo pessoas que dão ouvidos a esses indícios do passado com maior probabilidade de serem mais felizes profissionamente no futuro. Porque optam por um emprego que lhes permitirá expressar aqueles dons, talentos, comportamentos e atributos que marcaram o seu jeito de ser e as suas atividades na infância e adolescência… 
Pense nisso!
Beijãozão nocês…
Yub

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