Quando recebo o inicial feedback de clientes, após lerem o email com a interpretação de sua respectiva consulta de Tarot via internet, costumo me deparar com o seguinte comentário:
– Puxa, Yub, você descreveu exatamente o que venho vivendo, sentindo, pensando e enfrentando. Só que eu não tinha tanta clareza a respeito. E sua consulta veio confirmar aquilo que eu já sabia.
Por que isso ocorre?
Jung tem uma frase:
Os Arcanos do Tarot são SÍMBOLOS. São eles que, ao serem interpretados, retratarão aquilo que o cliente já pressentia, intuía, sabia vagamente.
As Cartas refletirão um conteúdo já presente e atuante na vida da pessoa. Porém, como não estava tão claro, ou seja, ainda permanecia inconsciente, são a melhor expressão de algo até então desconhecido para o cliente.
Nas 78 cartas de Tarot estão representadas as experiências humanas. Elas retratam situações comuns a todo mundo, que todas as pessoas vivem.
Quem não viveu uma paixão ensandecida, na qual esteve muito obcecado por outra pessoa e se viu preso a esta por conta de laços de apego e desejo muitos fortes? Enxergamos essa situação no Arcano 15 – O Diabo. Veja as correntes que aprisionam os dois humanos à criatura diabólica da carta?
Quem não se viu naquela situação em que tudo girava e conspirava para conseguir aquela vaga de emprego e, de repente, surpreendentemente, algo ocorreu e a pessoa subitamente não foi contratada? Essas surpresas em que as coisas fluíam para determinado rumo e, de repente, tomam o sentido contrário são vistas na Roda da Fortuna.
Quem aqui não se sentiu completamente travado e imobilizado diante de uma situação, não restando nada a fazer senão refletir sobre a mesma? Eis o 4 de Espadas retratando bem essa circunstância.
Quem aqui não se sentia sobrecarregado por conta de uma situação angustiante, sofrida, e pôde finalmente se ver livre do peso da mesma quando o fim da dor ou o a dor do fim ocorreu? O 10 de Espadas mostra tal experiência.
Enfim, o Tarot é um espelho com um holofote no fundo. Ele retrata a nós mesmos, espelhando claramente (iluminando) para nossa consciência aquilo que estava inconsciente, ainda vago.
Beijãozão nocês…
Yub