A partir de hoje, iniciarei uma série de posts em que abordarei o tema Psicologia Analítica e a Numerologia. Farei associações entre elas. Refletirei sobre muitas questões numerológicas e existenciais a partir de trechos de livros de Jung e de Junguianos que venho anotando há anos.
Começaremos com este trecho:
“Ignorância não é motivo de segurança, sendo, pelo contrário, uma agravante da insegurança; é melhor, apesar do medo, saber o que nos ameaça.”
Não saber o que um um ciclo numerológico (tal como o Ano Pessoal e os Trimestres Pessoais, por exemplo) nos reserva é sermos ignorantes. Poderemos ficar apreensivos e perdidos diante do que viveremos.
Mesmo tendo que lidar com o medo do que pode nos acontecer, é melhor passar por essa fase ao nos preparar diante do que nos aguarda em cada período de nossa vida. E, com isso, poderemos nos sentir mais seguros, afinal, é melhor sabermos com antecedência o buraco em que poderemos cair e nos preparar para contorná-lo do que irmos à escura pela estrada e termos de enfrentar as surpresas do inesperado que cada buraco – quando surgir em nosso caminho – nos provocará/ofertará.
Com isso, poderíamos considerar que essa antecedência dos tipos de aprendizados pelos quais provavelmente passaremos em determinado ciclo eliminará o mistério, as surpresas, os inesperados. Não, saber o que nos espera em cada ciclo não é o mesmo que dizer o que milimetricamente ocorrerá conosco. Nunca teremos esse controle sobre os fatos da vida ao tentar antecipá-los, prevendo-os. Porque não prevemos os fatos. Prevemos o colorido da predisposição interna e dos acontecimentos em cada ciclo numerológico. A qualidade do tempo que vivenciaremos em cada ciclo é o que está disponível a nós; não os fatos que constituirão a qualidade desse ciclo.
Por exemplo, num Ciclo 5 (como o Ano Pessoal), a qualidade desta fase de nossa vida (ciclo) é o de expandir nossos pontos de vista, nossa percepção sobre o ser humano e a existência, indo além – muito além – do modo como os percebíamos até antes desse ciclo. Porém, o que de fato ocorrerá em termos de acontecimentos com cada um para que essa expansão simbolizada pelo 5 ocorra é surpresa, é impossível ser previsto. Para uma pessoa, essa predisposição em se expandir pode ser vivida, por exemplo, através de uma viagem ao exterior. Para outra, a mudança de emprego ou de cargo no qual entre em contato com variados tipos de pessoas é que serão os acontecimentos propiciadores dessa expansão perceptiva condizendo com o aprendizado de um Ano Pessoal 5. Para outra, a participação dela num grupo específico pode ser a situação que a incentivará a alargar seu campo perceptivo.
Ok! Tudo bem! Há sim uma série de POSSÍVEIS situações que se afinizam com a qualidade desse tempo representado pela simbologia do 5, como uma viagem, um novo emprego, um novo curso ou um novo círculo de amizades. Mas o que importa mesmo é nos focar nos tipos de aprendizados envolvidos em cada ciclo numerológico específico. Digo isso porque esses aprendizados específicos de cada ciclo podem ser acessados, percebidos e assimilados por QUALQUER FATO/EVENTO EXTERIOR. Ou nem mesmo existir algo exterior que reflita essa necessidade interior de cada ciclo. Pode simplesmente brotar do íntimo da pessoa que vive respectivo ciclo.
Beijãozão nocês…
Yub