Reflexões sobre a Neurose.

Conforme prometi anteontem, colocarei aqui alguns trechos envolvendo a questão da NEUROSE para Jung e para James Hollis (um junguiano), a partir do livro deste último, chamado OS PANTANAIS DA ALMA: Nova vida em lugares sombrios, da Editora Paulus. E posteriormente refletirei a respeito.
Lá vai!
“Sem o sofrimento, que parece o requisito epifenomenal para o amadurecimento psicológico e espiritual, permaneceríamos inconscientes, infantis e dependentes. No entanto, muitos dos nossos vícios, apegos ideológicos e NEUROSES são maneiras de fugir ao sofrimento.
“Muitas pessoas se entregam a algum tipo de vício, anestesiando momentaneamente a angústia existencial, apenas para vê-la implacavelmente retornar no dia seguinte. Outras pessoas escolharam ser NEURÓTICOS, ou seja, criar uma série de defesas fenomenológicas contra os ferimentos da vida.
“Jung propôs que a NEUROSE, ’em última análise, precisar ser compreendida como o sofrimento de uma alma que não descobriu seu significado.’ Note que ele não exclui o sofrimento, apenas a inexpressividade da vida contra a qual a NEUROSE é uma defesa. Analogamente, ele considera a NEUROSE como sendo um ‘sofrimento não autêntico.’ O sofrimento autêntico é uma reação realista às ásperas arestas da existência.
“Jung achava que a NEUROSE não apenas é uma defesa contra os ferimentos da vida, como também o esforço consciente de curar essas feridas. Assim, podemos respeitar a intenção da NEUROSE mesmo que não respeitemos suas consequências. Os SINTOMAS, portanto, são expressões de um desejo de cura. Em vez de reprimi-los, ou eliminá-los, precisamos compreender a ferida que eles representam. Então o ferimento e o motivo da cura podem contribuir para a expansão da consciência.

“Jung declarou que ele não buscava a causa de uma NEUROSE no passado, e sim no presente. ‘Pergunto qual a tarefa necessária que o paciente não realizará?’

“Devemos o desenvolvimento do que chamamos de psicologia profunda à onipresença da ansiedade e suas miríades de manifestações – as NEUROSES.

“O resultado da auto-alienação é a NEUROSE. Por mais inevitável que seja a NEUROSE – e, com efeito, até preferível a permanecer inconsciente – o único antídoto, a única saída, é enfrentar aquilo contra o que a NEUROSE é uma defesa. Que tarefa estamos evitando? Existe sempre uma tarefa.

“Jung afirmou que a NEUROSE é o sofrimento que ainda não encontrou seu significado. E não somos poupados nem do sofrimento nem da tarefa de trabalhar através do seu significado. 

“Jung escreveu: ‘Atrás de uma NEUROSE jaz frequentemente oculto todo o sofrimento necessário e natural que o paciente não estava disposto a suportar.’

Em breve retorno para refletir a respeito desses trechos sobre a Neurose, nessa perspectiva que sou fã: a junguiana.

Beijãozão nocês…
Yub

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