Rio+20 e O Assassinato de Cristo

Desde quando li o livro de Wilhelm Reich, O Assassinato de Cristo, uma renca de ilusões foi pro saco. Quais?

A de acreditar numa mudança coletiva, do povo. A de crer na disponibilidade para a mudança. A de que é possível mudar e salvar as pessoas.

Esse livro é um tapa na cara da sociedade, da psicologia das massas. Foi um dos melhores – senão o melhor – que já li. Porque na época, eu começava a ser visto como um místico, um líder, um salvador na faculdade. O sucesso de meus Mapas Numerológicos estava tomando uma proporção tentadora e, ao mesmo tempo, perigosa.

Por quê? Porque o pessoal estava querendo me colocar na função de guru. E eu estava me inebriando com esse título, sendo fisgado por esse papel. Ainda bem que eu vi esse livro na mão do Kélsen (meu grande irmão e colega de sala na Filosofia). E resolvi pegá-lo quando ele foi devolvê-lo na Biblioteca da PUC/MG.

Ali eu compreendi o porquê que as pessoas gostam de considerar o outro superior, guru, mestre. Porque querem que esse outro seja o mais distante de sua realidade. Assim podem continuar comodamente justificando seus atos imaturos: “eu não tenho o nível de evolução que você tem.”

E o que isso tem a ver com a Rio+20?

Primeiro, uma outra pergunta:

Alguém aqui sabe o que foi proposto na Eco 92 e que foi devidamente empregado, praticado e vivido por alguma empresa, país ou instituição???

Pois é… por isso. Não acredito nesses encontros pomposos e idealistas. Não acredito na “vontade política” dos dirigentes de estados e de nações. Não acredito que o povo queira uma mudança. Na verdade, até quer. Mas quer que o governo faça tudo por ele.

Tais encontros, congressos e conferências nada mais são do que bolhas de sabão. Um movimento ilusório de falso envolvimento e comprometimento com a mudança. No caso da Rio+20, no modo de desenvolver-se economicamente junto com uma política de sustentabilidade.

Talvez seja minha Quadratura Júpiter em Capricórnio na Casa 10 com Urano em Libra na Casa 7 que me faça acreditar (Júpiter) numa revolução (Urano) que passe pelo indivíduo (Urano). Não acredito que um país, um estado, uma empresa, uma instituição, um governo seja capaz de gerar mudanças na sociedade.

A mudança, pra mim, só é possível a nível individual. Cada um consigo mesmo. E, assim, quem sabe, cada pessoa que consegue esse crescimento seja visto como exemplo inspirador para outras?

Eis o contágio que acredito. De uma pessoa para outra, para outra, para outras. Não acredito numa mudança externa para instigar a mudança interna. A mudança interna é que pode estimular a externa. Vai ver é minha perspectiva introvertida em ação.

Um bom exemplo é o PT. Antes de assumir o poder, tinha uma ideologia e uma postura. E depois de assumir o poder, pronto, cedeu às tentações que uma posição de comando, autoridade e poder simboliza.

Não é o poder que corrompe. É o ser humano que se deixa levar pelas facilidades e encantos que só o poder oferece…

 

E agora essa do Lula se aliar a Maluf… Putz… Fazemos cada pacto para manter ou conquistar o poder…

Acho que O Assassinato de Cristo teria de ser o livro de cabeceira do Lula e de qualquer pessoa que tenha a pretensão de ocupar uma posição de destaque em nossa sociedade…

Beijãozão nocês…
Yub

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