Saber a causa de um problema ajuda MESMO a resolvê-lo??

Desde quando a Cris fez o curso de Psicoterapia de Breve, eu venho me questionando até que ponto saber a causa de um problema (psicológico, de saúde, financeiro, etc.) ajuda mesmo a resolvê-lo…

Eu, por ser tão plutoniano e escorpiano, sempre valorizei em excesso até a importância de aprofundar até encontrar a causa de algo. Acreditava que não haveria solução sem antes retirar cada camada dessa cebola.

Com o tempo, fui verificando o quanto essa atitude – muitas vezes – me deixava ainda mais preso numa determinada situação. Eu me embrenhava tanto, mas tanto, na lama, nas melecas, nos enroscos emocionais que não conseguia mais sair dali. Eu acaba me identificando – e me aprisionando ainda mais – com o problema.

Primeiro veio o compartilhar da Cris a respeito do conteúdo do curso. Em nossas conversas, eu me via sendo frontalmente contra essa perspectiva de não precisar saber a causa (como em algum episódio traumático da infância) para se curar um mal.

Depois comecei a pesquisar mais. E fui ler as obras de Milton Erickson e a sua brilhante hipnose ericksoniana. Percebi que o cara ia na causa sem ir diretamente na causa, se é que você me entende. Ele apresentava uma estratégia hipnótica para a pessoa que o procurava atormentada. Embutida na mesma, estava a eficiência de se trabalhar a causa sem efetivamente ficar perdendo tempo e energia com a mesma. Ela era naturalmente trabalhada e superada sem ser diretamente afrontada. O cara era um gênio…

Então, ao iniciar o curso sobre INTERPRETAÇÃO DE SONHOS com aquele que se tornaria meu terapeuta, lá fui eu me deparar novamente com a mesma abordagem, mas feita sob um cabedal teórico diferente. O Ítalo dizia que um complexo (um enrosco, um problema) não precisava de ser trabalhado diretamente. Bastava a ponte consciente entre ego-Self para a energia sair direta do inconsciente coletivo e ir à nossa consciência, sem precisar ser desviada e sugada por um complexo. Esse iria naturalmente perder energia, sentido, existência.

Na verdade, uma tendência a se comportar de modo neurótico, negativo, nunca deixa de existir. Mas a nossa consciência dessa inclinação comportamental nos impede de sermos vítimas dela, de nos embrenharmos em atitudes que nos prejudicam.

Assim, fui comprovando que a gente não precisa mergulhar dessa forma obsessiva na busca – ou no trabalho – de uma causa… para superarmos um problema, uma limitação. Na verdade, essa concentração excessiva na causa acaba é nos prejudicando ainda mais, pois damos um valor excessivo ao problema.

Por isso digo a tantos clientes meus que querem fazer regressão a vidas passadas para não mexer com isso. Exemplifico com a minha própria experiência e o quanto quase pirei ao me deparar com os eventos causadores de certas questões de meu presente…

Bem, é isso. Beijãozão nocês…
Yub

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