Sonhos, Reunião Espiritual, Astrologia e Reflexões

Desde Junho encontrei dificuldades para ter tempo em escrever aqui no Blog. Casamento, mudança residencial, muito trabalho, dedicação à elaboração de meu conto para a Antologia Beco do Crime e viagem me impediram de postar como gostaria neste espaço que tanto amo.
 
Agora sim! Depois de tudo isso e uma viagem de lua-de-mel e férias renovadora, volto a compartilhar com vocês minhas experiências.
 
No dia 17/06/2009, dei uma palestra na casa de um irmão de alma: Kélsen André. Ele faz reunião semanal em sua casa. É médium. E formou um grupo espiritualista bem bacana, com gente realmente interessada em aprender, ensinar e se conhecer. Nesse dia, falei sobre sonhos.
 
Como o Kél tem uma lista no yahoogrupos (a flordeliss), ele posta toda semana uma “ata” da respectiva reunião. Em cima do que ele escreveu sobre a reunião em que palestrei, eu teci alguns comentários. Abaixo, vocês podem ler o que ele e eu escrevemos. Beijãozão nocês…
Yub
 
Saudações também ANTES TARDE DO QUE NUNCA, meu Querido Kelvin e Pessoal!!
 
VC ESCREVEU:
Salve a todos,
 
Antes tarde do que nunca. Nesta reunião estiveram presentes: Cida, Wanderlei, Inez, Lais, Marcelo, outro Marcelo, Pai, mae, Silvia, Tia Rosie, Malak e o palestrante mestre Yub.
 
YUB: Gostei DEMAIS da galera e da dinâmica que se estabeleceu entre todos nós. Pessoal interessado pra valer em aprender. ADOREI!!
 
KEL:
Yub trouxe o seu caderno em que anota os seus sonhos desde muito tempo e nos forneceu dicas sobre isso.
 
YUB: levei dois diários, dos vários que já possuo. Escrevo meus sonhos, angústias, percepções, vivências, frases de livros e reflexões desde 1996. Como os sonhos são anotados junto com esse compartilhar de fatos e experiências, me facilita compreendê-los e entender seus simbolismos dentro dos contextos em que vivo.
Portanto, na minha opinião, não recomendo ter um caderno de sonhos SEPARADO de um diário. Porque dificulta a comparação entre o que o sonho mostra e o contexto no qual está inserido.
 
KEL:
Assim conversamos sobre interpretação dos sonhos. Yub enfatizou o fato de que a interpretação dos mesmos nao se daria conforme manual e sim adentrando nas concepçoes simbolicas que os sonhos evocam.
 
Yub iniciou a dinamica perguntando a cada um como que nós viamos e interpretavamos os proprios sonhos. Cada qual expos suas abordagens oniricas, uns vistos de forma mais literal e objetiva, outros de forma mais subjetiva.
 
Após cada um ter falado e relatado sua forma de perceber, entender e dar sentido aos próprios sonhos, Yub teceu algumas consideraçoes gerais fornecendo e dando pistas simbolicas para um entendimento mais profundo e diversificado do sonho de cada um, entravamos na segunda parte da dinamica.
 
YUB: eu quis ouvir de cada um suas opiniões e vivências com os sonhos, a fim de ter um direcionamento para o tanto de coisa que eu poderia dizer a respeito de sonhos. A partir do que cada um falava, eu ia atendendo essa demanda. Ou seja, passando o que compreendo, já vivi e descubro para cada um, de acordo com o que cada um queria saber melhor.
 
KEL:
O interessante é que a medida na qual cada um falava dos próprios sonhos, evidenciava-se um enredo que possibilitou, de certa forma, Yub tecer alguns comentários que colocaremos em quatro grandes tópicos: 1- a da extravasão; 2- dos pesadelos; 3- das premoniçoes; 4- da aminesia; 5- dos desdobramentos.
 
YUB: BACANA. Muito bem delineado, Kél!! Foi isso mesmo!!
 
KEL:
(1) Duas pessoas narraram sonhos nas quais acordavam suados, cansados. A primeira sentindo-se estar na balada e o segundo como se estivesse sendo perseguido. Yub focou a necessidade da pessoa se divertir mais, se soltar mais, como se a alma dela estivesse pedindo um pouco mais de liberdade. E o interessante é que antes de todos chegarem nós conversavamos sobre a dificuldade dela em dormir, as enxaquecas. E da ordem espiritual tudo estava bem as afliçoes viam de outros lugares como foram bem evidenciadas por nossa conversa. A interpretação de que talvez o suor representasse necessidade de extravasar tinha tudo haver com o que conversavamos antes. O outro acordava, acordo suado como se tivesse trabalhado a noite inteira, ao ponto as vezes de acordar cansado, ele percebia algumas vezes como sendo perseguição. Iisso remeteu a segunda matriz de interpretação que foi a dos pesadelos.
 
(2) Creio que tres dos participantes referiram-se a pesadelos o que deu margens a mestre Yub a falar de sombras, a necessidade de integração desta nossa parte a nossa psique. De como as sombras se bem canalizadas se transformam em nossos maiores aliados. De como o fato de temer as nossas sombras em suma esconde os nossos potenciais mais latentes. E aqui deixo uma pergunta para mestre Yub: saturno no mapa para vc representa nossas sombras?
 
YUB: não somente Saturno pode representar a Sombra, Kél. Mas qualquer POSICIONAMENTO ASTROLÓGICO. No caso de Saturno, como ele representa um talento que muito ambicionamos – e, ao mesmo tempo, tememos – realizar, ele parece evidenciar mais claramente a Sombra. Por quê?
 
Porque A Sombra não é somente um conteúdo que rejeitamos conscientemente e “o jogamos” para as profundezas do inconsciente – o que pode gerar sintomas físicos, psíquicos, energéticos que resultam em AUTOSSABOTAGEM.
 
A Sombra também é um conteúdo (leia-se talento) que possuímos, mas tememos, relutamos, resistimos aceitar que temos, desenvolvermos e o expressar.
 
Assim, uma pessoa com Saturno em Gêmos (e/ou na Casa 3 e/ou em Aspecto com Mercúrio) tem o talento de se realizar (Saturno) por meio da escrita, do que comunica (Gêmeos;Casa 3;Mercúrio). Se tal pessoa reluta a cobrança interna para superar seus medos quanto a expor suas idéias, seus conhecimentos e se comunicar habilmente, ela estará reprimindo o desenvolvimento desse talento comunicativo.
 
Com isso, ela poderá invejar as pessoas que falam/escrevem bem, ter raiva de quem sabe usar as palavras para se destacar e ganhar a vida. Desse modo, tal pessoa com Saturno em Gêmeos/Casa 3/aspecto com Mercúrio poderá desenvolver sintomas físicos, emocionais, energéticos que retratem essa resistência em desenvolver e expressar seus dons intelectuais e comunicativos. Esse conteúdo psíquico vai se acumulando no inconsciente e pode trazer problemas de todas as ordens para tal pessoa.
 
A Sombra foi gerada em função da repressão desse talento. E lhe minará as energias, porque gastamos MUITO MAIS ENERGIA com a repressão e a resistência do que se deixássemos nossos medos aflorarem e os enfrentarmos naturalmente na prática…
 
É vitalizante lidar com o medo, com a energia que estávamos desprendendo para fugir do medo de encarar o que o medo nos revela sobre nós mesmos e nossas necessidades mais íntimas. Por isso, quando lidamos conscientemente com a Sombra, nos sentimos altamente VITALIZADOS, cheios de vida!!!
 
Portanto, não somente Saturno representa a Sombra. Embora ele possa ser visto mais claramente como o que a Sombra significa… uma vez que o posicionamento astrológico de Saturno nos revela o que tanto temos medo e preferimos reprimir, negar, espernear e resistir.
 
KEL:
Aqui abro uma nota para divagar um pouco. Coloquei na parte teorica da aula a mandala astrologica de cada um dos participantes que preencheu o questionário inicial. De forma geral chamou-me a atenção os steliuns nos mapas, mais precisamente os em escorpião. Desta combinação o de um dos participantes eu quardei na cabeça que tem um stelium de casa 8, justamente em escorpião. O mestre simbolico Yub chamou atenção imediata para a sensação de perseguição, de paranoia, a necessidade profunda de lidar com o que denomino de trevas, isto é, os aspectos mais soturnos e noturnos da psique. Falou igualmente dos potenciais relacionados a cura psicologicas profundas que tal combinação poderia representar para as pessoas. De como conseguiria chegar em locais e camadas nas quais grande parte de nós não chegamos e auxiliar as pessoas em um processo de renascimento e transformação, justamente em aspectos como morte, sexo, mistérios.
Pois bem, mister 5  na semana seguinte a sua primeira vinda a nossa reunião ficou “travada” energeticamente. Fui ver o que se dava e percebi a presença de um exu e uma pomba-gira. Conversamos, eles me falaram algumas coisas, pintei um quadro, em verdade dei algumas pinceladas, mas nao compreendi o cenário.  Duas semanas depois mae falou para ela procura o médico e na mesma semana, ela ficou hospitalizada. Nas semanas seguintes voltamos a conversar e falamos de umbanda, de exu, de obsessores e principalmente da força que ela tinha e nao canalizava. De como estas forças estavam reprimidas e se voltando contra ela. De como parte disso estava em como a gente iria olhar o fenomeno e interpretá-lo. Pela ótica kardecista mister cinco estaria sendo perseguida por dois obsessores a seculos. E o enredo da história se daria no nivel das práticas da magia, ela teria sido uma bruxa que abusou em especial da sexualidade, da sedução, retirou muitos homens de casa, da familia e que dois destes seres estariam querendo vingar-se dela. Na perspectiva da umbanda é provavel que fossem vistos como eu os vi, um exu e uma pomba-gira querendo trabalhar e pedindo para trabalhar. Isto é querendo que esta energia de poder seja manifestada e utilizada, mas mister cinco segura, reprime ao ponto de sentir dores físicas. O pessoal da nova energia nao faria registro desse fenomeno, escapa a maioria deles percepçoes mais recrudescidas do campo astral. De qualquer forma uma possibilidade de interpretação do fenomeno seria o de ver a pomba-gira e o exu como aspectos dela mesma, de um outro tempo, de um outro momento, que tanto pode ser físico, como pode ser eterico, ou seja, de uma vida vivida na matéria ou de uma vida vivida no plano astral. De qualquer forma são partes que pediriam uma re-integração, uma reunificação com o que mister cinco é hoje, esta sendo agora. Mas nao apenas ela como todos nós recusamos isso em nós de maneira imediata. Temos um temor desta força, disto que consideramos erronamente de poder. Este medo congela, trava, afasta e a maioria das pessoas temem os exus, o que implica dizer, que temem a propria força. E foi esta a mesma interpretação que mestre Yub fez mediante a astrologia a partir de um único posicionamento ( o stelium de casa 8 em escorpiao). No final voltaremos a falar mais sobre isso. Na penultima semana ela falou dos sonhos, vimos este aspecto astrologico no mapa dela e as relaçoes simbolicas se aprofundaram ao infinito.
 
(3) Imersos neste universo de sombras foi linkada a terceira matriz dada por duas participantes que recebem alguns avisos via sonhos. No entanto, uma em especial relatou trabalhos que ela recebia de pessoas conhecidas e desmanchava, enviando de volta ou nao. Esta pessoa narrava uma relação causal mto interessante, as vezes envolta nas sincronicidades.
 
(4) A quarta matriz estavam inseridos dois participantes que diziam nao se lembrar de nada dos sonhos, nem das sensaçoes  provocadas durante o mesmo. Um alegou que chega em casa tão cansado que apaga completamente. Outro diz nao se recordar, mas costuma durante a noite dar solavancos, chutes, murmurar, discutir enquanto dorme, mas nao se recorda. A todos Yub falou do caderno de anotação, do treino e da paciencia, do esmero para se lembrar. Falou do pedido a propria consciencia para que se lembre dos sonhos e da riqueza e importancia de lidarmos com o nosso proprio universo onirico.
 
(5) Dentro de um quadro proximo ao de cima, ou seja, o do esquecimento, estaria eu, que desde alguns desdobramentos em um trabalho que realizava com os dependentes quimicos, pedi para nao recordar mais dos mesmos. Todavia, quando escrevo, eles vao retornando à memoria. E uma outra participante que narra seus sonhos e eles oscilam entre a premonição e os desdobramentos. Narra os cenários dos mundos espirituais, da vontade de nao acordar e ficar por lá.    
 
Feita esta dinamica, Luis Soares e o poeta conversaram conosco sobre a reunião. Agradeceram demasiadamente ao que foi dito e explorado, a saber, as relaçoes entre os universos oniricos e a realidade, em verdade, talvez seja isto que eles tanto disseram, elogiaram e eu na hora nao compreendi e talvez nem na semana passada. Eles ficaram profundamente contentes com a dinamica da aula, porque mediante a mesma, eles puderam tocar o espiritual sem recorrer a religião. Eles conseguiram mostrar, embora nao tenha ficado claro para todos, que o espiritual esta dentro de cada um e nao fora. E que o acesso, o interesse por nosso universo onirico, por nossa dimensão simbolica é um interesse pela espiritualidade que existe em nós, em um profundo dialogo com o mundo e com o universo.
 
YUB: Maravilha! Só tenho a agradecer ao Kél e ao pessoal pela oportunidade de falar sobre algo que tanto amo: SONHOS!! Compartilhar o que já vivi e vivo, a partir da condução dos SONHOS, é um prazer imenso pra mim! Valeu Kél e pessoal!!
Beijãozão nocês…
Yub


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