Na quarta-feira (dia 15/01/14) à noite, no exato instante da Lua Cheia (no signo de Câncer), eu estava no cinema com a Cris. O título do filme? Nada mais canceriano: ÁLBUM DE FAMÍLIA.
O engraçado é que há menos de uma semana atrás tinha assistido outro filme com a mesma temática. Chama-se QUESTÃO DE TEMPO.
Achei interessante que o QUESTÃO DE TEMPO é nada mais nada menos do que o IDEAL de FAMÍLIA mais bacana para ser nutrido. E, com isso, nos encaminhar para alcançar esse estado de união, de afeto e de interação familiar.
Já o ÁLBUM DE FAMÍLIA tende a ser a mais DURA realidade das FAMÍLIAS.
Quem gosta de estudar psicologia (ou simplesmente observar a si mesmo, bem como seus pais, irmãos, primos, tios e avós) fica assombrado com o quanto tendemos a REPETIR os PADRÕES COMPORTAMENTAIS de nossa FAMÍLIA.
No filme ÁLBUM DE FAMÍLIA fica bem notória essa repetição. O modo das mães tratarem os filhos reproduz exatamente a maneira como elas foram tratadas enquanto filhas. E, claro, um modo altamente destrutivo…
Fico me perguntando POR QUE existe essa tendência de fazer IGUAL? Qual o sentido disso?
É só porque este foi o jeito que aprendemos a ser tratados?
Considero superficial essa explicação.
O mais louco é ver que quem ainda não tem filho acaba tratando a PESSOA PARCEIRA (namorado, noivo, marido/esposa) da MESMA forma que foi tratado pelos pais (e/ou da mesma forma que os avós trataram os pais). Ou tenta fazer de um modo absolutamente diferente, radicalmente discordante de como se relacionava com os pais. O doido é ver que essa aparência de OPOSTO vai resultar num comportamento (ou resultado) IGUAL às interações que haviam com os pais.
Vou dar um exemplo:
Uma pessoa com o Desafio do 8 (ou Saturno na Casa 2). Sua grande dificuldade tende a ser ganhar seu próprio sustento. Assumir seu lado empreendedor. E ser próspero sem ser “unha de vaca” que nem um dos pais. Ela pode ter visto seu pai sendo bem repressor com a esposa (sua mãe) ou consigo própria. Sempre que precisava de dinheiro, o pai vinha com discursos ditatoriais-repressores. Humilhava tal pessoa. Colocava-a numa posição inferior. Mostrava o quanto não estava satisfeito em lhe dar o mínimo de dinheiro possível para seus estudos, por exemplo.
Essa pessoa acabou atraindo alguém (um marido) que reproduz FIELMENTE essa mesma interação que havia entre ela e seu pai. O marido não a incentivava profissionalmente. Vivia reclamando quando precisava gastar dinheiro com a esposa. Enfim, o marido parecia ser o pai (Freud tinha razão quando falava que procuramos o pai ou a mãe – ou ambos – na pessoa parceira). É assombroso ver essa verdade escancarada em nosso par.
Por que essa repetição??? Por que se atrai uma pessoa que vai reproduzir exatamente aqueles mesmos padrões familiares??? Aquela mesma dinâmica existente em nossa FAMÍLIA???
Creio que é uma oportunidade da vida para IRMOS ALÉM dos complexos familiares. Atingirmos um nível maior de consciência e não REPRODUZIRMOS INSANAMENTE aquelas dinâmicas familiares.
Enfim, vamos constantemente ter a tendência a REPETIR para termos NOVAMENTE a oportunidade de RESOLVER algum enrosco, alguma meleca que existiu em nossa interação FAMILIAR.
Não vejo outro sentido a não ser este… Não demos conta de resolver diretamente com nossos pais. E vamos lá lidar com as mesmas pendências com nosso par. Se demos conta de resolver na convivência com os pais, seremos testados na prática perante a pessoa parceira. Será nossa oportunidade de comprovar se aprendemos mesmo a lição.
Obs.: assim dá para entender porque o Signo de Câncer está domiciliado na Casa 4 – a base do mapa! Ele retrata bem o quanto a FAMÍLIA realmente é a BASE de nossa personalidade. E o quanto que essa base vai influenciar diretamente nossa profissão (oposição com a Casa 10), nossos relacionamentos/casamento (quadratura com a Casa 7) e o nosso modo de nos autoafirmar na vida (quadratura com a Casa 1).
Beijãozão nocês…
Yub