Em 2010 (sim, no meu Ano Pessoal 9), eu – que sempre dormi bem pra caramba (até demais rsrs), tive uma fase de insônia. O nível de ansiedade estava tão grande que eu não conseguia pregar o olho nem apagar.
A sensação que tinha era a seguinte: quando eu dava aquela pescada típica de que conseguiria pegar no sono, eu acordava ainda mais assustado. Foi aí que percebi. Eu não queria dormir. Porque tinha medo de morrer se eu dormisse.
Nesta época, eu me lembrei de 2008, quando tive uma crise de ansiedade. E, naquela fase, eu também tive medo de morrer. Na verdade, meu medo era de a Cris morrer. E ela também estava sentindo um medo enorme de que eu morresse. Esse temor ficou escancarado em nós quando assistimos o filme Donnie Darko.
Conversando, fomos juntando as peças. E descobrimos em nós que nós dois estávamos sentindo algo no ar. Algo bem impactante iria acontecer conosco. Achávamos que um de nós iria morrer. Um achando que seria o outro.
Quando em 2009, eu e a Cris nos casamos, mudamos da casa de meus pais (onde morávamos desde 2006) e fomos alugar um apartamento, iniciando de fato nossa vida a dois, exclusivamente a dois, percebemos o tanto de mudanças que passou a ocorrer na vida individual e conjugal.
Essa lembrança do medo da morte do outro em 2008 e a posterior mudança significativa em nossa vida a dois em 2009 foi tremendamente importante para eu compreender o medo que eu estava de morrer em 2010. Foi vital para eu entender aquele nível absurdo de insônia e ansiedade pelo qual passava nesse respectivo ano.
E isso foi o suficiente para eu sacar que, na verdade, aqueles sintomas todos que, no fundo, denotavam o medo da morte era… o pressentimento que algo havia no ar. Se o medo de morrer compartilhado entre mim e a Cris gerou uma baita transformação em nossa vida conjugal em 2009, o meu medo de morrer possivelmente apontava para uma mudança significativa em mim e na minha individual que eu já pressentia no ar…
A partir dessa conexão e percepção, eu fui mergulhar em mim mesmo para trabalhar a RECEPTIVIDADE às mudanças que estavam para chegar em minha vida. Aquele medo de morrer representa o medo da MUDANÇA. O Arcano 13 do Tarot nos ensina isso: o medo da morte é, no fundo, o medo da mudança. Porque a morte, literalmente falando, é a última mudança em nossa vida. É a derradeira mudança.
Fui cavando mais fundo e vendo que a ANSIEDADE nada mais era do que a minha mania de querer controlar tudo e a todos. Ansiedade é a ânsia de querer que tudo esteja certinho, bem planejado e ordenado para o novo… como isso é impossível, a ansiedade é uma tentativa ilusória de controle e planejamento. Não há segurança na mudança. Não há como ter controle diante do desconhecido e do incontrolável: o processo de mudança da vida…
A insônia – fruto da ansiedade – retratava bem minha falta de receptividade verdadeira e inteira às mudanças que eu faria em mim mesmo e que a Existência geraria na minha vida.
Foi quando passei a aceitar o desconhecido, que me entreguei ao futuro incerto e assustador, que relaxei e… DORMI. Voltei a dormir como um anjo… como sempre gostei de dormir.
E quando a tal da insônia ameaça me visitar em alguma noite, eu já logo traduzo que eu não estou tão relaxado e entregue â vida. Mas, graças a Deus, descobri a autohipnose no ano passado e tenho – desde Janeiro deste ano – feito uma específica, que é a AUTOHIPNOSE DO DESCANSO, elaborada por Teresa Robles em seu livro AUTOHIPNOSE. Eu a faço antes de dormir. E ela tem me ajudado a relaxar e a me entregar à Vida de uma maneira que eu nunca achei que seria capaz…
Obs.: para quem gosta de Astrologia, eis a vivência que meu Sol em Capricórnio em Quadratura com Plutão em Libra tem vivido diante do trânsito de Urano em Áries (o qual ainda está em conjunção ao meu Ascendente) e de Plutão em Capricórnio.
Beijãozão nocês…
Yub